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O Vendedor de Passados/The Book of Chameleons won for the Angolan novelist José Eduardo Agualusa The Independent Foreign Fiction Prize for The Book of Chameleons in 2007, thus extending to an international readership, and in English, the writing of a controversial protagonist in the fictional representation of post-independence Africa. Jacques Derrida's meditation on 'les animots' is redeployed as an instrument of access to and analysis of an economy of transformed pasts and a present subsumed by post-colonial intra-colonialism, laundered through a currency of the exchanged identities evoked in the novel's title. The plot is voiced through a gecko-narrator's commentary on the eponymous protagonist, Félix Ventura, an albino with an unusual occupation, a seller of pasts. An Atlantic-facing Angola re-inscribes its history, after failed intrusions of Soviet expansionism and Cuban interventionism, exploring a pardo - a shade of grey - dimension less of paralysing animosity than of imaginative risk-taking. O romancista angolano José Eduardo Agualusa emprega protagonistas ou narradores propensos a ser menos porte-paroles do que animots. O 'Ecce animot [...] assumindo o título de um animal autobiográfico, sob a forma de uma resposta arriscada, fabulosa ou quimérica à pergunta 'Mas eu, quem sou eu?'' de Jacques Derrida é apropriado de modo a traçar a redisposição da história no e do mosaico da memória angolana. O epónimo protagonista albino de O Vendedor de Passados é um homem com uma ocupação invulgar. Félix Ventura é um vendedor de passados. Mas quem o observa? Quem conta o seu conto? Esta reflexão sobre o intra-colonialismo pós-colonial versa sobre uma economia de passados transformados, branqueados através da moeda de troca de identidades em permuta. A análise de uma função albino explora uma dimensão parda na Angola pós-colonial e voltada para o Atlântico, reinscrevendo a sua história, após as intromissões fracassadas do expansionismo soviético e do intervencionismo cubano, envolvida agora numa linguagem globalizante não tanto de animosidade paralisante quanto de animots desafiantes? [ABSTRACT FROM AUTHOR]